Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

ZEFERINO P. FREITAS FAGUNDES
( Brasil – RIO GRANDE DO SUL )

 

Nasceu na cidade de Porto Alegre / RS em 1932 e faleceu em 1989, na mesma cidade. Por décadas foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde aposentou-se.
Foi poeta, cronista, cronista, professor, advogado, compositor, crítico literário e de arte,
Colaborou em vários órgãos de imprensa.
Recebeu o Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras, sem 1983. Pertenceu, entre outras, às seguintes entidades culturais: Academia Sul-Brasileira de Letras, Academia Porto-Alegrense de Letras, Associação Brasileira de Crítica Literária, Academia Alceu Wamosy, Associación de Escritores del Interior (Uruguai).
Publicou duas importantes obras poéticas publicadas: Ode anacreôntica (1981), Diário de bordo (19850. A publicação destes poemas é uma homenagem de gratidão ao seu amigo Rossyr Berny.
 

 

BERNY, Rossyr, org.   Poetas pela Paz e Justiça Social.  Coletânea Literária. Vol. II.  Porto Alegre: Alcance, 2010. 208 p.    ISBN 978-85-7592-098-5  
Ex. biblioteca de Antonio Miranda – doação do amigo (livreiro) Brito – DF.     No. 10 249
Importanteexistem mais poemas do que os apresentados aqui, neste livro tão bem apresentado, vale a pena conferir...
 

 

Mágoa

Só resta a palavra
E este desespero
de te haver perdido
sem saber quem és;

e o caminho
longamente andado,
em vão, mas se eras
a exala formulação.

a desde sempre esperada.
a via, a vida, as Belezas,
tudo. Só o olhar
vazio. Só as pombas imóveis

no alto beiral. O testemunho   
mudo do consequente nada.
Da Eternidade vislumbrada
num segundo. O caudaloso rio

do Desencanto,
pelo que deveria ter sido.
O mundo
que o teu olhar prometia: Perdido.


Aqueduto

A paisagem gris é verde. Teus dedos
Por ela andaram.
Cegos. E sobre os arcos
Ainda cego caminham. Perguntando pela água
cantando.

Perguntando pelo espaço
De ir e vir:
Mas o espaço é só de ir:
Quem vier tem que esperar.

Teus dedos ferem a marmórea tecla
De gota de sangue, sobre o alguidar:
Sobre o bastidor. Mas Hermínia esquecida

Borda cântaros e cacatuas,
Entre junquilhos, madressilvas e camélias,
Nos confins de Santa Tereza.

O bonde passa
A noite cai.


Infância

Colocarei na Encruzilhada
O meu pedido, e sete velas
Brancas. E queimarei incenso nela,
E almíscar, e âmbar
E algas
E liquens
A lápis-lazúli e ônix.

Porei tudo no pombo-correio
E quando a tarde for morrendo,
Sobre o Guaíba,
O incêndio das águas lembrará a criança
Que fui.

Bem haja o pássaro marítimo
que então —
vindo de onde? —
revoe tudo,

e cerre os olhos sobre nós
sempre menores na distância.


Nua

Sobre o banco-ramo e avenca. Sopro,
Pássaro no ar. Como se fosse
Num suspiro subir. Por aquele ramo,


Por aquele remo, por aquele rumo,
Por aquele laço
De veludo ou seda, no vitral lilás;
De veludo-vidro, na floresta-chão,

sob os pés de seda dos poetas e infantes
e artista a imitar:
como um espelho

de ametista.
O mármore da mesa, branca lua,
Colhe os pássaros no ar.

*
VEJA e LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO SUL em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grade_sul/rio_grande_sul.html
Página publicada em maio de 2025.


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar